domingo, 13 de junho de 2010

O EXEMPLO DAS ROSAS

Manuel Bandeira

Uma mulher queixava-se do silêncio do amante:
- Já não gostas de mim, pois não encontras palavras para me louvar!
Então ele, apontando-lhe a rosa que lhe morria no seio:
- Não será insensato pedir a esta rosa que fale?
Não vês que ela se dá toda no seu perfume?

1 comentário:

  1. "Um rei bondoso, duas filhas más, uma filha boa e um bobo fiel. É assim o reino de Helíria! Tudo está em paz até ao dia em que o Rei tem um sonho muito estranho, que o leva a crer que está na altura de abandonar o trono. Como não tem filho varão decide entregar o reino à filha que mais o amar. Para isso, cada uma deve exprimir, por palavras, os seus sentimentos. Amarílis e Hortênsia fazem um lindo discurso comparando o seu amor ao Sol, ao ar e a todos os elementos vitais. Viloleta, a filha mais nova, não encontra outra comparação senão a de que quer ao pai tanto como a comida quer ao sal. O Rei não entende esta medida de amor e, furioso, expulsa a filha, para sempre, e entrega metade do reino a cada uma das outras filhas. Mais tarde, as filhas más acabam por expulsar o pai, que caminha durante anos com o seu bobo fiel por terras desconhecidas. Já velho, cansado e cego, encontra, sem saber, o reino de sua filha Violeta. Esta serve-lhe um manjar de comida sem sal. O pai compreende, então, a falta de um bem tão essencial e pede perdão a Violeta por não ter percebido que ela era a única filha honesta e que realmente o amava."

    Resumo (adaptação livre) de Leandro, Rei da Helíria de Alice Aieira

    C.

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